Um relatório dos laboratórios da empresa de segurança Kaspersky divulgado nesta terça-feira (12) mostra as principais ameaças no último trimestre de 2009 na América Latina. Com larga vantagem, a maior ameaça do período no Brasil foi o cavalo de tróia "HEUR: Trojan.Win32.Generic" e suas variações, com 47% das ocorrências. No entanto, um grande fantasma mundial, o Conficker, pode reaparecer nesse começo de 2010.
O trojan, como também é chamado, age com o objetivo de interceptar transações bancárias online das vítimas. "Uma vez que as credenciais de acesso ao banco caem nas mãos dos deliquentes, o dinheiro é transferido por diversos meios a diferentes pessoas", diz o laboratório em comunicado à imprensa. Já um worm é um programa autorreplicante, como um vírus - a diferença é que o "verme" não precisa de um software contaminado para se propagar, já que é um programa autossuficiente por si só.
"Dois mil e nove foi o ano que acompanhou a criação da maior rede de computadores zumbi do mundo e ataques em redes sociais, como Facebook e Twitter, demonstrando que, cada vez mais, temos que estar atentos às ameaças do crime digital", diz a empresa, citando a botnet criada pelo worm Conficker (que deixou milhões de PCs controláveis por hackers).
Também conhecido como o Kido (citado no relatório da Kaspersky como "Worm.Win32.Kido.ih") ou ainda Downadup, o worm colocou o Brasil como segundo país mais infectado no mundo. Sozinha, a ameaça contaminou mais de 7 milhões de computadores (segundo o site
ComputerWorld, o número se refere a outubro, com expectativa de dobrar esse número até o final de janeiro). Ainda de acordo com o site, a maior causa de propagação do verme é por pen-drives, que se valem da função "autorun" (que inicia automaticamente um dispositivo ou CD quando conectado) no Windows.
Fonte: Divulgadas as maiores ameaças da web no Brasil no último trimestre