As autoridades chinesas aumentaram a censura na Internet do país nesta terça, com o fechamento das páginas web registradas como espaços pessoais, sob o argumento de frear a pornografia na rede. A medida é tomada um dia depois do cancelamento de 530 páginas de compartilhamento de arquivos P2P.
A nova regulamentação foi anunciada pelo Centro de Informação para a Internet da China, que supervisiona os registros web no país asiático, e explicou que a medida, que entrou em vigor nesta segunda, é resultado da preocupação do regime chinês com a divulgação de arquivos pornográficos nas páginas pessoais. Os provedores da internet estão proibidos, sob essa nova normativa, de hospedar páginas pessoais, e só os negócios com formas em vigor ou organizações autorizadas pelo governo chinês poderão conseguir essa autorização.
A normativa se aplica aos novos pedidos de registros pessoais, mas os já existentes também correm perigo. Segundo informa nesta terça o diário South China Morning Post, muitas páginas pessoais foram canceladas nas províncias de Jiangsu, Henan, Zhejiang, Jiangxi e Xangai.
A China realizou várias campanhas contra a pornografia na Internet nos últimos anos, embora o resultado tenha sido mais efetivo contra páginas que hospedam conteúdos dissidentes e contrários ao regime do Partido Comunista da China (PCCh). A pornografia continua sendo habitual e de fácil acesso na rede no país asiático.
Apesar deste estrito controle, a comunidade de internautas chineses é a maior do mundo, com mais de 300 milhões de pessoas.
Informações da Agência EFE / Terra BR