Enquanto os grandes estúdios de Hollywood reclamam os bilhões de dólares perdidos nos downloads ilegais, os produtores de filmes alternativos, por outro lado, costumam agradecer o buzz gerado quando eles são pirateados. Os realizadores de Ink, por exemplo, agradecem aos milhares de espectadores ilegais de seu o filme.
Escrito e dirigido por Jamin Winans, Ink (jaminwinans.com) conta a história de um mercenário brutal que aparece na mente de uma garotinha de 8 anos em coma, chamada Emma. Como qualquer filme hoje em dia, ele acabou "ripado" e colocado para download online pelo sistema BitTorrent há poucos dias.
A partir daí, foram registrados mais de 400 mil downloads do arquivo, que ganhou destaque no Top 10 dos filmes mais pirateados do site TorrentFreak, nesta semana, ficando em 4º lugar. Além disso, o filme alcançou o 16° lugar do medidor do site IMDb, sendo também parte dos top 20 filmes mais populares do mundo, segundo o blog ZeroPaid.
Segundo o site TorrentFreak, em um e-mail para os seguidores de sua newsletter Jamin e Kiowa Winans afirmam que, embora não seja muito bom o filme estar sendo assistido de graça, eles estão "abraçando" a pirataria.
Estão felizes por Ink ter obtido uma exposição sem precedentes, aumentando sua popularidade e também as vendas de DVDs e Blu-ray, o que reforça a ideia de que o download ilegal não é tão prejudicial como se pensava.
Bem "orquestrada" pelos detentores dos direitos autorais, segundo o TorrentFreak, a pirataria pode ser uma forma de obter publicidade praticamente sem custos.