O governo da Dinamarca tirou do YouTube um vídeo que promovia o turismo no país, depois de queixas de que a propaganda, na verdade, incentivava a promiscuidade. O clipe de pouco menos de três minutos, protagonizado por uma atriz, mostrava uma jovem loira tentando encontrar o pai de seu filho, August, com quem ela tinha mantido relações apenas uma vez.
A diretora da agência VisitDenmark, Dorte Kiilerich, diz que a intenção do filme era contar "a história bacana e doce de uma adulta que vive em uma sociedade livre e aceita as consequências de seus atos" e acrescentou que lamenta qualquer ofensa que o vídeo possa ter causado.
Mas o ministro da Economia dinamarquês, Lene Espersen, afirmou que "não se trata de uma imagem bem pensada do país". No vídeo, a mulher diz - em inglês - que está "tentando encontrar o pai de August". "Nós nos conhecemos em uma noite, um ano e meio atrás, quando você estava de férias aqui na Dinamarca", diz ela.
"Nós nos conhecemos... e decidimos tomar um drinque e, sim, é realmente constrangedor, mas é mais ou menos o que me lembro", conta. "Não me lembro de onde você é, ou qual o seu nome."
Mau gosto
Para os críticos, o vídeo dá a entender que, além do turismo tradicional, a Dinamarca é um lugar para se ter relações sexuais sem preservativo com estranhos. Um jornal, o Ekstra Bladet, chamou a propaganda de "grotesca" e "um desperdício do dinheiro do contribuinte".
O vídeo também atraiu uma série de comentários enraivecidos, com um usuário dizendo que era "uma forma de mau gosto e sem tato de atrair a atenção".
O vídeo recebeu mais de 800 mil visitas no YouTube e, apesar de a versão oficial ter sido retirada do ar, várias cópias continuam circulando pela internet.
A propaganda também inspirou uma série de paródias, com homens em vários países afirmando que eles não são homens-objeto e tentando encontrar a mãe de seus filhos.
BBC Brasil