A PF (Polícia Federal) mapeou ocorrências, em parceria com a Caixa Econômica Federal, para saber quem são, onde estão e como agem os bandidos responsáveis por crimes virtuais, como clonagem de cartões e roubo de dados pela internet. Com as informações, a PF pretende cortar pela metade o volume de ataque a contas em 2010 e em 90% do total em 2011.
Diante da ambição do projeto Tentáculo e dos primeiros resultados, os bancos privados assinaram neste mês acordo de cooperação com o órgão federal.
O rastreamento inicial resulta do acordo assinado com a Caixa em 2008. O documento prevê que, dali em diante, o banco repassará à PF dados referentes a todos os desvios de dinheiro pela internet e por clonagem de cartões.
Os Estados do Pará, Maranhão, Ceará e Goiás abrigam as principais quadrilhas de invasores a contas bancárias pela internet. Os clonadores, por sua vez, preferem agir em São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Em fevereiro, as informações começaram a entrar na Base Nacional de Fraudes Bancárias da PF, em Brasília, para aposentar o antigo modelo de investigação. Segundo o chefe interino da Unidade de Combate a Crimes Cibernéticos, delegado Rodrigo Bittencourt, a ampliação dos esforços vai ajudar no combate de crimes.
- Em 90% dos inquéritos, não se identificavam uma quadrilha porque o delegado partia de uma fraude isolada, cometida em uma conta, quando sabemos que um bando frauda 500.
A falha começou a mudar. Em nove meses, a PF armazenou na base detalhes de 144 mil saques, transferências ou pagamentos indevidos, praticados contra clientes da Caixa de 2006 para cá.
Só neste ano, foram 63 mil - 24 mil em São Paulo. Essa avalanche de dados produziu, desde agosto, 16 inquéritos, nos quais são analisadas 2,4 mil fraudes. Números que confirmam a tese da PF de que há poucas e fortes quadrilhas. As informações são do Jornal da Tarde.
Versão Original: PF quer redução de até 90% em ataques virtuais
Informações da Agência Estado / R7
